DefesaNet O Brasil está sob um pesado ataque cibernético. A amplitude e os seus efeitos são só parcialmente conhecidos. O Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Presidência da República, que tem sob sua guarda, o Departamento de Segurança da Informação e Comunicações (DSIC) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Gen Elito Siqueira está quieto. O Ministro da Defesa, Sr Nelson Jobim e o Gen Enzo Peri, que têm sob suas guardas o importante Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEx), estão silenciosos. Sem falar na Polícia Federal cm o Diretor-Geral Leandro Daiello Coimbra e outras entidades. Como bem relatado por Ricardo Fan no texto abaixo, o ataque foi anunciado, e desconhece-se se foram efetivas as medidas para contê-lo. Ainda pouco a OTAN enviou uma mensagem ao editor de Defesanet informando que através de um terceirizado, que gerencia a distribuição de e-books, foram roubadas senhas e solicitava que se fossem empregadas em outro lugar deveriam ser alteradas urgentemente. Pois bem, recentemente o Itaú teve um problema nos computadores e zerou muitas contas de correntistas, nunca explicou corretamente, nem indenizou àqueles que sofreram danos com isso. As empresas americanas United e Southwest tiveram problemas em sistemas de computadores nos últimos dias que levou a inúmeros cancelamentos e atrasos de vôos. Fato que já aconteceu com a TAM no Brasil no sistema de reserva de passagens. Em um mundo conectado é preciso muito mais que o silencio obsequioso dos Srs Elito, Jobim, Enzo e Daiello. O Editor |
Ricardo Fan
Quando o mundo relembrava a operação Barbarossa, iniciada pelas tropas alemãs em 22 de junho de 1941, que invadiu a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil, desde do dia 22 de junho de 2011, vem sofrendo seu maior ataque cibernético.
E como o governo estalinista onde o líder soviético Joseph Stalin não teria dado a devida importância aos relatórios sobre os planos de Hitler, o nosso governo está aparentemente inerte e sem resposta imediata a essa real ameaça.
Essa demora do nosso governo e dos órgãos responsáveis, tal como Stalin o fez a 70 anos atrás, é preocupante, pois na guerra cibernética não há um "General Inverno" para paralisar um inimigo que avança rapidamente
Uma fonte do governo, que não quis se identificar, disse à agência Reuters que na terça-feira a presidente Dilma Rousseff fora informada sobre um movimento estranho de acesso aos sites do governo. Segundo essa fonte, o Planalto estava de sobreaviso.
Ele disse que o ataque partiu de um provedor da Itália, o que não significa que o invasor more lá. E ressaltou que não houve acesso aos dados:
Ele disse que o Serpro enviou relatórios para a Polícia Federal, que vai investigar o caso para tentar identificar os invasores. Mas admitiu que isso será difícil porque eles usam endereços falsos (clonados).
Na tarde de quinta-feira, os portais da Presidência da República, do Senado, do Ministério dos Esportes e o Portal Brasil ficaram fora do ar. A ação ocorreu um dia após hackers do LulzSecBrazil deixarem outros sites do governo federal indisponíveis.
Os ataques fazem parte de uma campanha mundial em parceria com outro movimento, chamado Anonymous. Um dos objetivos dos ataques seria acessar informações confidenciais. O LulzSecBrazil postou no Twitter um arquivo com supostos dados da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
O diretor superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Gilberto Paganotto, afirmou que as tentativas de invasão são frequentes, mas reforçou que a empresa consegue barrar as ações.
Dois grupos que se declaram responsáveis pelos ataques virtuais a páginas do governo anunciaram, ainda na quinta-feira, ter derrubado 500 sites de prefeituras no País, cerca de 100 deles de prefeituras e câmaras municipais gaúchas. Em conseqüência, a Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs) iniciou um rastreamento detalhado nos 3 mil portais administrados pela empresa, incluindo o de municípios.
Até o início da madrugada desta sexta-feira, não havia sido identificada ação suspeita. As equipes de informática foram reforçadas, com funcionários suspendendo o feriado.
As informações são do jornal Zero Hora.
Ainda na noite de hoje o grupo divulgou um vídeo no qual diz que o governo tem tentado controlar a internet, e informa que os grupos hackers Anonymous e LulzSecBrazil se uniram na operação #AntiSec. "Nós encorajamos os ataques aos sites inimigos e encorajamos o uso do termo Antisec em qualquer site ou grupo que apóie a censura. Qualquer informação escondida de nós deve ser trazida à luz", diz trecho do vídeo.
com agências de notícias